10 de abril de 2010

Grupo da Capital incentiva parto na água em domicílio

Método da banheira possibilita relaxamento e alívio da dor para a mãe

Gláucia Mazzei
Agência BOM DIA

Quando a modelo Gisele Bündchen revelou, em entrevista ao “Fantástico”, que teve seu bebê, Benjamin, de parto natural, na água de uma banheira, causou espanto em muita gente.

Principalmente no Brasil, onde o índice de cesariana já representa 43% dos partos realizados no setor público e no privado.

O parto na água, no entanto, só traz benefícios para as mamães segundo a enfermeira obstetra Márcia Koiffman, que integra o Prima Luz, grupo de parteiras de São Paulo que divulga o parto natural.

“O maior benefício da água é o relaxamento e o alívio da dor, principalmente.”

O alívio se dá porque dentro d’água o corpo da mulher fica mais leve, de acordo com a enfermeira.

A água deve estar a uma temperatura aproximada à do corpo, entre 34º e 35º C. Mas o ideal é a mulher entrar na banheira quando estiver com dores fortes e contrações regulares, a partir de 6 cm de dilatação.

“Não há muita regra, mas se a mulher entrar muito no início, pode relaxar demais e diminuir o ritmo do parto”, afirma. “Aí tem que sair da banheira.”

Quando a mulher consegue ter o bebê na água, o procedimento é muito rápido. Logo em seguida a parteira retira o bebê e coloca-o no colo da mãe, já com a cabecinha para fora.


Divulgação

As parteiras do Prima Luz fazem, por mês, até quatro partos, seja em domicílio ou no hospital São Luiz, o único de São Paulo que tem esse serviço. De todos os contratados, 100% das grávidas optam pelo parto na água, segundo Márcia Koiffman.

Em Jundiaí o parto na água não é feito. No Hospital Universitário existe uma banheira de hidromassagem  apenas para relaxamento e indução do parto, mas no momento está em reforma.

Jundiaiense Vera relaxa na banheira

A jundiaiense Vera Mezzalira Gomes, 37 anos, que realizou seu parto na Alemanha, em janeiro, ficou na banheira de relaxamento por pelo menos uma hora.

“Fiquei tentando relaxar”, conta. “Mas as minhas contrações eram muito fortes.”

Vera não aguentou a dor e pediu a peridural. O parto de Leonardo foi natural, mas na cama.

“Gostaria de dar à luz na água, mas sabia que dependia da dilatação e das contrações”, afirma.

*Fonte: Rede Bom Dia

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