20 de maio de 2010

Reforma para atender parto humanizado.

Hospital Regional do Gama passará por reforma para a realização de partos sem cesárea. Gestantes terão quartos exclusivos, acompanhante, além da permanência do bebê no alojamento.
De acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde, as cesáreas deveriam corresponder a, no máximo, 15% dos partos

Antônia Maria dos Santos, 33 anos, está no oitavo mês de gravidez. O bebê deve nascer em breve e a mãe já faz planos para o parto. “Quero que seja normal porque a recuperação é mais rápida”, acredita a doméstica, que pretende ter o bebê no Hospital Regional do Gama, cujo pronto socorro obstétrico está em reforma justamente para a realização de partos humanizados, atendendo as exigências do Ministério da Saúde (MS), que determina espaços exclusivos nos hospitais da rede pública

A obra começou há 10 dias e deve ser concluída em oito meses. Foi investido R$ 1,2 milhão no espaço que contará com um consultório com quatro salas de atendimento, 10 leitos individuais com banheiro anexo e sala de parto onde serão realizados exames antes do nascimento do bebê e o acompanhamento no pós-parto. O piso e as instalações elétricas e hidráulicas do local também serão trocados. “Depois do parto, mãe e filho permanecem juntos nos alojamentos e também será permitida a presença de um acompanhante durante todo o parto e o período de internação”, explicou o diretor geral do HRG, Robson Brito.

Em 2006, o governo federal lançou uma campanha para incentivar mães e médicos a escolherem o método natural para dar à luz aos bebês. A ideia é que todo o atendimento seja realizado na mesma sala dispensando assim a locomoção das pacientes pelos hospitais. Para o chefe da ginecologia, Humberto Carlos Albergaria de Magalhães, a reforma é muito bem vinda, pois os leitos individuais geram qualidade na realização dos partos e reduz o estresse da futuras mamães. “Ganham os profissionais e as pacientes”, afirmou Magalhães.

O HRG realiza cerca de 700 partos por mês. No ano passado foram realizadas 2.986 cesarianas e 4.116 partos normais. As cesarianas representam 43% dos partos realizados no Brasil no setor público e no privado. Nos planos de saúde, esse percentual é ainda maior, chegando a 80%. Já no Sistema Único de Saúde, as cesáreas somam 26% do total de partos. O parto normal é o mais seguro tanto para a mãe quanto para o bebê. De acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde, as cirurgias deveriam corresponder a, no máximo, 15% dos partos.

Outras reformas nas instalações do HRG estão previstas. “O pronto socorro do centro cirúrgico, da clínica médica, da ortopedia e cirurgia geral também passarão por adaptações em breve”, adiantou o secretário de Saúde, Augusto Carvalho.

Jane Rocha - Agência Brasília

Fonte: http://www.df.gov.br/042/04299003.asp?ttCD_CHAVE=88566

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