29 de julho de 2010

Obesas representam fardo para maternidades nos EUA.

Há evidências de que a obesidade contribui para o aumento no número de cesáreas, para defeitos congênitos e mortalidade materna.

À medida que os americanos se tornaram cada vez mais gordos ao longo da última geração, abrindo espaço para mais problemas no coração, diabetes e partos prematuros, esse peso extra também se tornou um fardo para as maternidades do país.


Cerca de uma em cada cinco mulheres são obesas quando ficam grávidas, o que significa que elas têm um índice de massa corporal de pelo menos 30 - como uma mulher de 1,67 metro e 82 quilos, de acordo com pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
 
 
Evidências médicas sugerem que a obesidade pode estar contribuindo para as altas taxas de cesarianas e causando mais defeitos congênitos e mortes entre mães e bebês. Os hospitais, principalmente de bairros pobres, foram forçados a se adaptar e compraram instrumentos médicos mais sofisticados, mais equipamentos para o exame de recém-nascidos e camas maiores.


Além disso, eles realizam o treinamento constante de suas equipes para que aconselhem as mulheres obesas a perder peso, ou mesmo a passar por uma cirurgia de redução de estômago antes que fiquem grávidas.

No Centro Médico Maimonides, no Brooklyn, onde 38% das mulheres que dão à luz são obesas, Patricia Garcia teve de ser internada depois que sofreu um infarto, parte dos inúmeros problemas de saúde causados pelo seu peso.

Em 5 de maio, 11 semanas antes da data prevista para o parto, um ultrassom mostrou que seu bebê não estava se desenvolvendo como devia e uma cesariana de emergência foi realizada.

Estudos mostram que os bebês nascidos de mulheres obesas são quase três vezes mais propensos a morrer no primeiro mês do que aqueles nascidos de mulheres de peso normal, e que as mulheres obesas são quase duas vezes mais propensas a que seus filhos nasçam mortos.

Mulheres obesas também tem mais probabilidade de desenvolver pressão alta, diabetes, complicações da anestesia, hemorragia, coágulos e infarto durante a gravidez e o parto, mostram os dados. Mulheres muito obesas ou aquelas com índice de massa corporal de 35 ou mais, são de três a quatro vezes mais propensas a ter seu primeiro filho por cesariana do que as mães de peso normal, segundo um estudo realizado pelo Consórcio de Segurança no Trabalho do Instituto Nacional de Saúde.

Embora os médicos assumam muitas vezes uma posição defensiva em relação às justificativas das cesarianas, que têm todos os riscos de uma cirurgia, o Dr. Howard L. Minkoff, chefe de obstetrícia do Maimonides, disse que os médicos devem pesar as preocupações contra os potenciais complicações do parto normal em mulheres obesas.

Na fase da gravidez de Patricia, por exemplo, cada dia no útero era bom para o bebê e ruim para a mãe, disse Minkoff. Patricia prometeu a Minkoff que perderá peso para ver seu bebê se formar na universidade. "Estou em uma dieta rigorosa, rigorosa", afirmou. "Não quero mais passar por isso."

* Por Anemona Hartocollis

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/obesas+representam+fardo+para+maternidades+nos+eua/n1237655360577.html

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