4 de fevereiro de 2010

Mulher dá à luz em posto da Polícia Militar em Curitiba.


Criança nasceu no banco de trás de um carro no estacionamento da sede da 5ª Companhia do 12º BPM, no Rebouças. Bebê, que não conseguia respirar por ter o cordão umbilical enrolado no pescoço, foi atendido por socorristas de uma ambulância que passava.

O soldado Walter Sandro Recanello Júnior, da Polícia Militar (PM) de Curitiba, passou por uma experiência inédita na manhã desta sexta-feira (18). E não se tratou do atendimento a nenhum tipo de crime incomum, mas do parto de uma criança, que nasceu em pleno posto da PM.

O atendimento inusitado ocorreu por volta das 9 horas, na sede da 5ª Companhia do 12º Batalhão da PM, na Praça Afonso Botelho, no Rebouças. De repente, um Volkswagen Voyage antigo, ocupado por Franciele Pires, de 22 anos, o marido e o padrasto dela, parou no estacionamento do posto. Ela, em trabalho de parto. “Vinham do Parolin, onde moram, e foi o primeiro lugar onde se lembraram de procurar no momento da emergência”, conta Recanello.

Imediatamente, o soldado, que já havia assistido ao parto do filho, procurou ajudar. Ele conta que o bebê nasceu no banco de trás do Voyage, onde Franciele permaneceu deitada, mas que houve uma complicação. “O cordão umbilical ficou enroscado no pescoço da criança, e ela não conseguia respirar”, lembra Recanello. “Por sorte, uma ambulância da Ecco-Salva passava por aqui naquele momento e pudemos pedir ajuda”.

Com instrumentos adequados, foi cortado o cordão umbilical da recém-nascida, que já recebeu o nome de Sara Gabriele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e deslocou uma ambulância para levar a menina à Maternidade Victor Ferreira do Amaral.

Cumprido o serviço, por volta das 9h30 finalmente a “ficha caía” para Recanello. “Foi muito emocionante. Sempre quis ajudar uma pessoa a vir ao mundo e enfim realizei”, diz. “Nunca tive uma menina, mas agora posso dizer que já realizei o parto de uma”, comemorou o soldado, que é pai de dois meninos, de 14 e 8 anos.

Visita.

Durante a tarde desta sexta, Recanello visitou a recém-nascida na Maternidade Victor Ferreira do Amaral. Tanto a mãe quanto a filha estão bem e vão ficar 48 horas em observação no hospital, período que todas as mães ficam no local após partos.

Fonte: Portal RPC.

PARA PENSAR:
Cordão enrolado no pescoço do bebê não é perigoso, mesmo com mais de uma volta. O cordão é gelatinoso e geralmente suficientemente maleável e comprido para que a pessoa que está assistindo o parto, possa desenrolar o cordão antes que o resto do corpo nasça. Dizer que o bebê não conseguia respirar por causa do cordão, não faz sentido: o bebê não respira pelo nariz, ele é alimentado com o oxigênio da mãe, passado através do cordão.

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