26 de julho de 2010

Mulher dá à luz em terminal de ônibus em Florianópolis.

Maternidade teria recusado atendimendo à mãe cerca de duas horas e meia antes.

Por volta das 20h30min desta segunda-feira, Cristina Inês da Silva Lutckemmayer, de 24 anos, deu à luz uma menina no Terminal Integrado do Centro (Ticen), em Florianópolis. Ela estava passando pelo terminal quando a bolsa estourou.
A irmã de Cristina foi até o bairro Ingleses, no Norte da Ilha de Santa Catarina, pegar roupas e documentos para ir ao hospital, mas não conseguiu retornar a tempo.
Cristina se escorou em uma banquinha de jornal em frente ao Ticen e deu à luz uma menina, com ajuda das pessoas que passavam pelo local.
— Escutei uns berros e vi dois homens do lado de uma mulher. Cheguei perto e vi que ela estava tendo um filho. Aí, chegou uma enfermeira, que também estava passando no Ticen, ajudou a retirar a criança de dentro da mãe e eu fique auxiliando. Quando saiu, tirei a minha jaqueta e cobri a criança — relembra a aposentada Maria Goretti Nasário, de 51 anos.
Quando Laura Vitória nasceu — o nome é em homenagem a uma enfermeira do Hospital Universitário que cuidou de Cristina durante a gravidez — uma salva de palmas marcou o momento. Testemunhas do parto se emocionaram ao descrever a cena:
— Fiquei sem reação, nervoso, sem saber o que fazer. Ela estava ali, em pé, e a criança já estava saindo — descreve Lauro Junior, corretor de imóveis que trabalha no posto de uma imobiliária que fica no Ticen.
O Corpo de Bombeiros de Florianópolis atendeu a ocorrência e levou a mãe e a criança para o Maternidade Carmela Dutra, onde estão sendo atendidas. No processo do parto, o corte do cordão umbilical foi a única parte que não aconteceu ali abaixo de chuva.
Quando os bombeiros chegaram ao local, mãe e filha apenas aguardavam o transporte até a Maternidade Carmela Dutra.
Atendimento teria sido negado
Segundo Beatriz Alves da Silveira, irmã de Cristina, as duas procuraram atendimento na Carmela Dutra por volta das 18h, depois que Cristina começou a sentir dores durante uma caminhada pelo Centro da cidade. Segundo Beatriz, a gestante não teria recebido atendimento porque estava sem documentos. Foram embora e, ao chegar ao Ticen, a bolsa teria estourado.
A assessora de imprensa da Secretaria do Estado da Saúde, Ana Lavratti, informou por telefone que, assim que o secretário Roberto Hess soube do fato pela reportagem, ficou consternado com a situação e lamentou o transtorno do ocorrido para a família Cristina.
Ana explicou que o o secretário entrou em contato com a direção da maternidade e solicitou imediatamente a apuração do ocorrido para que nesta terça-feira sejam tomadas as medidas cabíveis.
Depois das 19h, um gerente fica na unidade como responsável e não soube dar detalhes sobre o que aconteceu. A assessoria ainda informou que nesta noite de segunda-feira era cedo para dizer o que pode acontecer com o funcionário que teria negado atendimento.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18§ion=Geral&newsID=a2907308.xml

Um comentário:

Cristina De Melo ( Doula) disse...

Isso foi aqui onde eu moro, foi muito engraçado mesmo pois ela não estava com dilatação avançada, e recomendaram que fosse para casa e só voltasse quando as contrações estivessem mais ritmadas, e ja trazendo o cartão do pré-natal. Ela foi quando chegou no terminal do bairro dela a bolsa rompeu, ela já entrou em outros onibus e retornou ao TICEN e ao ligar para a irmã avisando que a bolsa havia rompido, ela SENTIU que o bebe estava nos joelhos. Ela terminou de dilatar muito rápido, não foi um erro do hospital, poderia acontecer com qualquer uma de nós doulas no acompanhamento de um parto. E como diz o Dr.Marcos Leite " Que parto maravilhoso, quem dera se fossem todos assim".