26 de abril de 2011

Acompanhante pode ajudar durante o parto.

Antigamente as mulheres que engravidavam eram acompanhadas de perto por outra mulher mais velha que, geralmente, já tinha passado pela experiência, como a mãe, a irmã mais velha ou uma vizinha. Com o passar do tempo e o momento do nascimento levado para dentro do hospital, esse processo tem sido diferente. Hoje a mulher conta com médico, enfermeira, auxiliar de enfermagem e pediatra. Todos têm suas funções bem definidas, mas nenhum deles está diretamente preparado para dar suporte físico e emocional à parturiente. A presença de uma acompanhante no momento do parto pode gerar vários benefícios.

Neste sentido, surgiu uma função chamada doula. Em grego essa palavra significa "mulher que serve", ou seja, uma acompanhante preparada que fica junto da família durante toda a gestação, dando suporte físico e emocional antes, durante e após o parto.

Na gestação, a doula auxilia na preparação da mulher. Ela explica o que esperar do parto e todos os procedimentos detalhadamente, além de ensinar exercícios e movimentos para facilitar o momento do parto. Durante o procedimento, a doula age como intermediadora entre a equipe e a gestante. Ela orienta maneiras de aliviar a dor e serve como um apoio emocional quebrando a frieza do ambiente hospitalar. Após o parto, a doula faz visitas ao novo bebê auxiliando com a amamentação e outros cuidados.

Patrícia Merlin tem magistério. Ela diz que após uma experiência traumática numa cesariana, interessou-se por essa área e passou a pesquisar o assunto. No nascimento da segunda filha ela contou com o apoio de uma doula e o parto aconteceu de forma natural, dentro da casa dela. Após fazer um curso na área, Patrícia passou a fazer um trabalho voluntário na Santa Casa de Maringá, cidade onde mora atualmente. Ela contava suas experiências em um blog. E através disso, tornou-se conhecida de outras gestantes. Foi assim que uma mulher a convidou para auxiliar na gestação.

De lá pra cá foram aproximadamente 200 partos acompanhados por Patrícia. "O acompanhamento consiste em entender os desejos e medos da gestante, os mitos e a forma de trabalhar do médico. É perceber como está o marido e como a família está se preparando para o momento. É orientar a mulher para uma escolha consciente e não escolher algo porque todo mundo escolhe", afirma Patrícia Merlin.

É importante ressaltar que a doula não substitui o pai ou o acompanhante escolhido pela mulher. A doula serve para auxiliar o comportamento dele também. Muitas vezes por nervoso e preocupação o pai fica sem saber o que fazer. É neste momento que há a interferência da profissional.

A doula não tem orientação para fazer nenhum tipo de procedimento de saúde. Ela não está apta para isso. A função é dar suporte e apoio à parturiente através de suas experiências. Estudos mostram que a presença de uma doula pode diminuir em até 50% as taxas de cesarianas. A duração do trabalho de parto é reduzida em 20%. As solicitações por anestesia caem em 60% e o uso de medicamentos também diminuir em até 40%.

Patrícia ressalta que não é sempre que as doulas podem contar com o apoio dos médicos. "A maioria não sabe o que é e por isso não respeita. Eles acham que não precisa", revela. "As mulheres que têm vontade de fazer algo diferente é que precisam mudar e fazer prevalecer sua vontade. É poder dizer eu quero assim e se não for do meu jeito eu vou mudar."

(REPORTAGEM: ANELIZA PAIVA. EDIÇÃO: PEDRO ANTONIO RAMAPAZZO)
Leia esta e outras matérias relacionadas no mesmo link!

1 de abril de 2011

28 de março de 2011

Blogagem Coletiva - Carta de Apoio ao Curso de Obstetrícia da EACH-USP

A semana que passou foi intensa contra a redução do n° de vagas para o único curso de graduação que temos em Obstetrícia, pela Universidade de São Paulo-USP, campus Zona Leste, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades-EACH. Contamos c/ um abaixo-assinado que circulou pelas redes afora e duas manifestações - na Reitoria da USP e no MASP, ambas na capital paulista. Mulheres c/ seus filhos/as, nascidos/as pelas mãos de obstetrizes, profissionais, estudantes, alunos/as recém formadas em Obstetrícia clamaram NÃO a esta decisão anti-democrática, c/ vozes e peitos de fora! Movimentação linda de se ver!

Pela internet muito se falou sobre o assunto, e, nós do Blog Parto no Brasil noticiamos diariamente as novidades e imagens desses atos, c/ orgulho e felicidade (e indignação, claro!). Abaixo publicamos uma Carta Aberta em apoio ao curso de Obstetrícia, redigida e compartilhada na web e redes sociais, c/ assinaturas de outros veículos de comunicação virtuais, entidades e apoiadores da causa, pelo direito de partejar e nascer c/ respeito! Publiquem em seus sites/blogs!!!

CARTA DE APOIO AO CURSO DE OBSTETRÍCIA DA EACH-USP

Nós, mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), mães, profissionais das mais variadas áreas e entidades afins declaramos nosso apoio ao Curso de Obstetrícia da Escola de Artes e Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo – EACH-USP, que terá seu número de vagas reduzido e corre o risco, inclusive, de ser fechado, visto que o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) não reconhece a categoria e a USP por pressão e intimidação se posicionou em seu Relatório Estudos das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da Escola de Artes e Ciências e Humanidades da USP considerando reduzir mais de 300 vagas, de diversos cursos. Com indignação clamamos e lutamos contra esta ação, visto que o curso é o único no País a formar obstetrizes centradas nos cuidados integrais relacionados à saúde da mulher, especialmente em um momento único como o parto e nascimento de um filho, que é visto pelos atuantes deste ofício como algo fisiológico, próprio do corpo feminino, tendo a mulher como protagonista.

Uma formação desta magnitude é uma inovação, dado que o Brasil apresenta elevadas taxas de cesarianas eletivas, alcançado patamares como o 2º. País com os mais altos índices, seja no sistema público de saúde (cerca de 45%), ou no privado (cerca de 90%), mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendar um percentual de 15%, assim uma profissão centrada nas especificidades que uma gestante necessita é um ganho para a sociedade e para as futuras gerações, além do mais que já é uma vitória ter o Curso de Obstetrícia reaberto após 30 anos de sua exclusão, ocasionando cenários de violência institucional no atendimento ao parto e nascimento em várias regiões brasileiras, tratando os corpos femininos como templos do saber médico.
Pela continuidade do Curso de Obstetrícia da EACH-USP, pelo reconhecimento de nossas obstetrizes e pela arte de partejar!

Abaixo-assinamos,
Nome das entidades/grupos/coletivos/sites/blogs:
- Blog Buena Leche – Cláudia Rodrigues
- Blog Parto no Brasil – Ana Carolina A. Franzon & Bianca Lanu
- Blog Mamãe Antenada - Pérola B.
- Blog Mães Empreendedoras - Vanessa Rosa
- Blog MaternAtiva - Denise Cardoso
- ciadasmães
- Gesta Paraná - Patrícia Merlin
- Grupo Curumim - Paula Vianna
- Hugo Sabatino
- Kika de Pano - Bruna Leite
- Mamíferas - Kalu Brum
- What Mommy Needs – Carolina Pombo
- Yoga para Gestantes - Anne Sobotta

19 de março de 2011

Pelo não fechamento do curso de Obstetriz da USP.

Assinaturas no abaixo-assinado (# 8452): Abaixo assinado de apoio para a continuidade da Graduação em Obstetrícia na Universidade de São Paulo - Abaixo Assinado.Org

Assinaturas no abaixo-assinado (# 8452): Abaixo assinado de apoio para a continuidade da Graduação em Obstetrícia na Universidade de São Paulo - Abaixo Assinado.Org

Leia a notícia: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/usp+leste+pode+fechar+mais+de+300+vagas/n1238177421365.html

9 de março de 2011

Fiocruz estuda motivos da opção por parto normal e cesariana.

Uma equipe de pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Enasp), ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai investigar os motivos que levam a mulher a optar pelo parto normal ou pela cesariana e avaliar que consequências a escolha pode trazer para a mãe e o recém-nascido.

Com base em 24 mil entrevistas que serão realizadas em hospitais públicos e privados em todos os estados, os pesquisadores procurarão saber quais fatores influenciam a escolha pelo parto normal ou pela cesariana. O projeto está sendo conduzido em parceria com o Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), universidades estaduais e federais e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os resultados devem ser apresentados até o fim deste ano.
De acordo com a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Maria do Carmo Leal, que coordena o estudo, a alta incidência de cesarianas no país, principalmente em hospitais da rede privada, pode estar relacionada ao aumento do número de casos de bebês prematuros. Segundo Maria do Carmo, quase metade (47%) dos 3 milhões de partos que ocorrem anualmente no país são feitos por cesariana. Nos hospitais públicos, as cesarianas representam 30% dos nascimentos e, nas unidades particulares, 80% do total. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o percentual fique entre 15% e 20%.
A médica citou estudos que apontam relação entre o crescimento do número de cesarianas, cerca de 44% nos últimos 33 anos, e o aumento da prematuridade, que com alta de 130% em 22 anos. "Queremos entender por que isso vem ocorrendo e se esses fatos estão relacionados à forma de assistência ao parto. Afinal, a medicina é cada vez mais intervencionista em todas as áreas e também no nascimento", afirmou Maria do Carmo. Ela ressalta que a cesariana é importante quando há risco de complicações para a mãe ou necessidade de salvar a vida do bebê, mas diz que, na maioria dos casos, não é esse o motivo da intervenção médica.
Segundo a médica, embora haja padrões que indiquem que o bebê está pronto para nascer, nenhum exame é capaz de determinar seu total amadurecimento. "Só é possível saber isso quando a criança 'avisa'. Afinal, o processo de amadurecimento varia, e umas precisam de mais tempo do que outras. Por isso, para um bebê que iria nascer com 40 ou 41 semanas, nascer com 38 semanas é prematuridade."
Tecnicamente, porém, os bebês não são considerados prematuros a partir da 37ª semana de gestação. Segundo Maria do Carmo, o indicador mais frequente de um nascimento antecipado é a imaturidade respiratória. Para a mãe, entre os problemas que podem ocorrer em função do parto cesariano, estão maiores possibilidades de infecção devido à cirurgia e mais dificuldade para amamentar o bebê. Foram esses riscos que levaram a publicitária carioca Aline Barbosa a optar, logo no início da gestação, pelo parto normal. Ela disse à obstetra que fazia questão do parto normal e começou a fazer sessões de ioga para gestantes no terceiro mês de gravidez, para preparar o corpo para o nascimento do bebê.
"Tinha muito medo das possíveis complicações de uma cirurgia. Além disso, a recuperação no pós-parto é mais difícil em caso de cesariana", disse Aline. Segundo a publicitária, muitos médicos encontram nos exames feitos durante a gravidez diversos motivos para indicar a cesariana. Seu caso, porém, foi diferente. "Não tive problemas. Minha médica me orientou e fez de tudo para viabilizar o parto normal", contou Aline, que deu à luz, em parto normal, Maria Clara. A menina nasceu com 48 centímetros e pesando 3,6 kg. "Muitas mulheres têm medo do parto normal porque não sabem o que está acontecendo com o corpo. Por isso, buscar informação faz diferença. Não ameniza a dor, mas garante maior tranquilidade", acrescentou Aline.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4954304-EI8147,00-Fiocruz+estuda+motivos+da+opcao+por+parto+normal+e+cesariana.html

27 de fevereiro de 2011

Uma em quatro mulheres relata maus-tratos durante o parto.

Chorando em um hospital, agulhada pelas dores das contrações do parto, mulheres brasileiras ainda têm de ouvir maus-tratos verbais como: "Na hora de fazer não chorou, não chamou a mamãe. Por que tá chorando agora?". A informação é da reportagem de Laura Capriglione publicada na edição desta quinta-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

De acordo com o texto, uma em cada quatro mulheres que deram à luz em hospitais públicos ou privados relatou algum tipo de agressão no parto, perpretada por profissionais de saúde que deveriam acolhê-la e zelar por seu bem-estar. São agressões que vão da recusa em oferecer algum alívio para a dor e xingamentos até gritos e tratamentos grosseiros com viés discriminatório.
Os dados integram o estudo "Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado", realizado em agosto de 2010 pela Fundação Perseu Abramo e pelo Sesc e divulgado agora. A Folha obteve com exclusividade o capítulo "Violência no Parto", que pela primeira vez quantificou à escala nacional, a partir de entrevistas em 25 unidades da Federação e em 176 municípios, a incidência dos maus-tratos contra parturientes.

Fonte: http://www.folha.com/

24 de fevereiro de 2011

Parto em casa, em São José dos Campos - SP

No Brasil nascem em média três milhões de crianças por ano. Menos de 2% delas vem ao mundo de forma natural. Essa técnica pouco conhecida no país garante maior proximidade entre mãe e filho na hora do parto.



http://www.webtvcn.com/canal/noticias/partos_caseiros

15 de fevereiro de 2011

Profissão de doula ganha crescente espaço no mercado.

Ainda não regulamentada, a carreira é voltada para a assistência a gestantes e maridos.

O momento de dar à luz uma criança é sempre motivo de preocupação para as mulheres. Quem espera um filho idealiza como será o grande o dia, se fará uma cesária ou um parto normal. Nenhuma mãe quer que esse seja apenas mais um procedimento de rotina: tem que ser um momento especial. Para tornar esse desejo possível, novas profissionais estão fazendo sucesso no mercado de trabalho. São as doulas, trabalhadoras especializadas na humanização do parto, ou seja, voltadas à garantia do bem-estar, do respeito, da calma e até da redução das dores na hora de trazer o bebê ao mundo. Com curso de formação específico para a atuação, as doulas cobram de R$ 300 a R$ 1,7 mil por cada concepção (leia-se nascimento) que ajudam a realizar e podem utilizar os conhecimentos na área como complementação de outras carreiras.
A psicóloga e doula Clarissa Kahn
oferece cursos a futuros pais.


Normalmente, essas especialistas são médicas, enfermeiras, professoras de educação física, ioga ou pilates, nutricionistas ou de outra área de formação afim. Qualquer mulher com mais de 18 anos pode fazer o curso. “A capacitação para as doulas engloba algumas técnicas como posições que podem aliviar as dores. São métodos não farmacológicos que podem tornar o momento menos traumático”, relata Daphne Rattner, professora da área de saúde coletiva da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora executiva da Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (Rehuna).
Além disso, quem ingressa nessa carreira pode ajudar a mudar o entendimento mecanizado sobre o parto, ainda presente em livros e equipes médicas. “Alguns obstetras com muito tempo de profissão adotam a metáfora de ‘motor, objeto, trajeto’ para as etapas de um parto. O motor é o útero, o objeto é o bebê e o trajeto, o canal vaginal por onde a criança sairá. Mas, na verdade, quem está trabalhando ali, naquela hora, também é humano, não se pode pensar assim. E as doulas mudam isso desde o pré-parto até os primeiros momentos da amamentação”, analisa Daphne Rattner .

E foi ao perceber essa realidade, ainda durante o curso de graduação, que Clarissa Kahn, 30 anos, decidiu se tornar doula. Psicóloga e educadora perinatal, ela conta que resolveu colaborar na mudança daquilo que via nas maternidades. “Sempre gostei da área materno-infantil . Fiz estágio em hospitais, e a forma como mães eram assistidas no momento da concepção me incomodavam bastante. A falta de respeito e o excesso de intervenção médica nas escolhas das mulheres eram algumas das minhas principais preocupações. Então, decidi fazer o curso e me formar doula também”, conta.

Após 10 anos atendendo a grávidas, a também coordenadora do Espaço Acalanto conta que tem um preço pré-definido para realizar o atendimento, mas que as tarifas dependem do pacote que a mãe deseja fechar e das condições expostas por cada casal. Clarissa ministra cursos de cuidado com o bebê e com a amamentação, faz todos os acompanhamentos e cobra de acordo com o solicitado. Embora ela coordene a clínica, suas clientes são conquistadas por meio de indicações ou após consultas.

Reconhecimento
Atualmente, as doulas podem abrir uma clínica, atender em casa ou se filiar a profissionais que lidem diretamente com as grávidas e as indiquem. Mas, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde reconheçam as vantagens da presença da doula na hora do parto, ainda não há um reconhecimento da profissão. Por isso, elas não podem ser contratadas em hospitais. Trabalham por meio de contratos formais ou acordos com os futuros pais. “Quem abre uma clínica exclusivamente para esse fim terá que contar com outras parceiras, pois as grávidas começam a ser atendidas no sétimo ou no oitavo mês e, a partir daí, há um acompanhamento até o pós-parto. Por isso, só é possível atender de quatro a cinco parturientes por mês. As interessadas precisam analisar quanto desejam ganhar e como vão gerir essa clínica”, aconselha Renata Beltrão, pedagoga especialista em saúde perinatal, educação e desenvolvimento do bebê e representante brasileira na Rede Latino-americana de Doulas.

Estima-se que hoje existam cerca de 1.500 mulheres atuando no setor. Ao apresentar esse dado na 3ª Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento, que aconteceu em novembro último, em Brasília, Renata Beltrão pediu e conseguiu apoio para pleitear a inclusão das profissionais no Manual de Ocupação Brasileiro. “Não é difícil. Basta que tenham mais de 200 pessoas trabalhando na área. Hoje, trabalhadoras como parteiras e manicures, por exemplo, já estão incluídas”, observa. O documento deve ser encaminhado para o Ministério do Trabalho entre abril e maio deste ano e, se aprovado, vai possibilitar que elas possam ser contratadas mediante a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e que tenham reconhecimento.

Nos Estados Unidos, as contratações em hospitais privados são comuns. Para exercer a ocupação, as doulas norte-americanas recebem uma certificação que precisa ser atualizada a cada dois anos. Segundo Renata Beltrão, a intenção é que esse nível de reconhecimento chegue ao Brasil. “Só no Doularte, onde ministro aulas, recebo 20 pessoas mensalmente querendo fazer o curso. Como a procura por esse tipo de trabalho tem aumentado, a demanda pelo aprendizado também cresceu muito. O reconhecimento será fundamental para nós”, pontua.

Além disso, a regulamentação pode diminuir a resistência que as direções de hospitais ainda têm de aceitá-las em salas de parto. Em Brasília, as maternidades já estão conscientes da importância das doulas, mas, em outras regiões, há médicos que ainda se opõem ao parto humanizado. Embora esse procedimento possa ser realizado em casa, as grávidas que desejarem ter a estrutura de um hospital com o acompanhamento de sua doula precisam ter esse direito. “Elas são o apoio da mãe. É importante lembrar que essas profissionais não fazem parto ou qualquer outro procedimento cirúrgico. O apoio fornecido por elas é apenas emocional e de indicações para melhorias físicas”, complementa Daphne Rattner.

Incentivo estatal
Em 2003, o Ministério da Saúde desenvolveu um programa de treinamento de doulas comunitárias. Dois anos depois, 370 mulheres já estavam treinadas em 13 estados brasileiros. A ocupação não era muito conhecida naquela época, mas Recife, Belo Horizonte e Fortaleza deram continuidade ao incentivo da atuação e, hoje, têm hospitais com excelência no tratamento às gestantes. Todas são voluntárias e trabalham em um regime de 12 horas de plantão por semana.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2011/01/16/internas_economia,232632/profissao-de-doula-ganha-crescente-espaco-no-mercado.shtml

17 de janeiro de 2011

Fórmula para reduzir as dores do parto normal.

Técnica busca mais conforto para a mãe, criando um ambiente acolhedor dentro de banheira.

Andrea e o marido Luis Silva, com a pequena Alice:
emoção além das expectativas
Gerar uma vida é um ato tão natural quanto o parto normal, temido por grande parte das gestantes. Dados do governo federal apontam que 80% dos partos realizados por planos de saúde no País são de cesariana, apesar de o normal ser considerado mais seguro tanto para mãe quanto para bebês. Técnicas vêm sendo aprimoradas para dar maior conforto à mulher. Uma das mais conhecidas hoje é a de Leboyer.

A técnica, criada pelo médico francês Frédérick Leboyer, é caracterizada pelo uso de pouca luz, silêncio, ausência da famosa palmada para fazer o bebê chorar e mais: a criança chega ao mundo como já estava habituada no útero materno, dentro da água.
O casal de artistas circenses Andrea de Barros Pimenta e Silva, 32 anos, e Luis Henrique Silva, 36, buscou na técnica a tranquilidade para um parto normal e, principalmente, benefícios para a pequena Alice, que nasceu no último dia 22. ''Não tem adjetivos para explicar como nos sentimos naquele momento'', lembra o pai que esteve o tempo todo presente, inclusive dentro da banheira junto de Andrea.

Redução de riscos
O ginecologista e obstetra Alessandro Galleto já realizou mais de 5 mil partos normais nos lugares mais inusitados: corredor, dentro de carro, na cadeira, dentro de banheira inflável, na cama etc. Para ele, a mulher é quem deve decidir o melhor lugar e posição para ter o filho e a ausência de intervenção médica ajuda ainda mais no processo. ''Uma cesariana você faz em 20 minutos, já um parto normal leva em torno de 18, 20 horas. Optar por fazer um parto normal tem muito a ver com a atitude do médico de se dispor a fazer ou não aquilo que pode ser melhor para a paciente'', comenta.
Galletto lembra que o papel do obstetra é diminuir os riscos e intervir somente quando necessário. Segundo ele, a mulher consegue realizar 90% do parto sozinha e só é necessário a intercorrência médica em 10% a 15% das vezes. ''A medicina transformou o parto - que é um evento fisiológico e natural - em uma 'patologia'. Estimular o parto normal é uma questão de conhecimento, habilidade e atitude e o que muda aqui é a atitude de não interferir e de deixar acontecer fisiologicamente algo que já é normal'', diz.
No parto Leboyer, o acompanhante participa de todo o procedimento desde o início. Além disso, a mulher tem a liberdade de caminhar pelo quarto, entrar na banheira e relaxar até que sinta que seja a hora do nascimento do bebê.
Dia 22 de dezembro o Hospital Evangélico, em Londrina, inaugurou a nova ala com estrutura para a realização do parto Leboyer com o nascimento da pequena Alice. Andrea chegou a passar quatro horas na água com o parceiro e o médico ao lado da banheira, conversando e se sentindo cada vez mais a vontade com o clima que favoreceu um parto com sucesso.
''Quando não atrapalhamos o parto acontece de forma mais natural e mais fácil. Quando há muita interferência, muitas vezes, acabamos arrumando problemas que não existem. Hoje há muitas situações como hipertensão, feto grande ou feto pélvico (sentado), em que as mulheres já são encaminhadas para cesariana, mas ainda essas condições não são contraindicações absolutas para se evitar o parto normal'', finaliza.
O atendimento em Londrina é feito inclusive pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde que a mulher esteja em condições favoráveis e o médico que a acompanhou no pré-natal aceite fazer o procedimento.

Fonte:

27 de novembro de 2010

Abertura Oficial da Conferencia.

Hino nacional, premiacoes, homenagens.
Ouvimos o Ministro da Saude falando da importancia do evento e confesso que a esta hora eu ja estava fora de foco, por que o dia foi intenso!

Segundo dia de cursos pré Conferência.

Laura Uplinger – Psicóloga – Rio de Janeiro - RJ
Fechamento de perguntas que ficaram em aberto na noite anterior, sobre abordagem em comunidades carentes, abordagem psicoterapeuta em recém nascidos (Palavras para nascer)...

Carla Machado – Presidente da ANEPBrasil – São Paulo – SP
Associação Nacional de Educação Perinatal WWW.anepbrasil.org.br  é uma iniciativa recente que visa levar informação sobre a importância do cuidado pré natal, como ferramenta feminina de transformação pessoal e social.

Ioanna Mari - Presidente da OMAEP Organização das Associações para a Educação Perinatal – Grécia
Ioanna falando em frances e laura traduzindo
“O período gestacional é o período mais importante da vida de uma pessoa, as primeiras qualidades físicas, psíquicas e mentais se formam ali e seguem o indivíduo por toda vida, influenciando sua saúde, seu desenvolvimento e suas interações sociais.”

Tarde
Paradigmas teóricos
- Determinações Genéticas
- O meio como formador do individuo
É da natureza desse ser, ser assim ou o meio o fez assim...?

26 de novembro de 2010

Início dos Cursos Pré Conferência.

Eu me inscrevi neste curso por que desde que eu fiz o curso de educadora perinatal e tive aulas com a Vera Iaconelli, eu sentia que precisava me aprofundar no tema. O enfoque da Laura é diferente, mas igualmente valioso.

Psicologia Pré e Perinatal
Laura Uplinger – Psicóloga – Rio de Janeiro – RJ
Introdução a história da psicologia pré e perinatal e dos congressos da PPPANA (Pre and Perinatal Psychology Association of North America).
De que forma as experiências vividas pela mãe enquanto gesta, afeta o bebê? E as próprias experiências da mãe quando era um feto sendo gestado ou um bebê , funcionam como filtro para a interação da mãe com o novo bebê?
Como cuidamos do psicológico da gestante para que ela possa interagir melhor com o bebê, como empoderá-la pra que ela consiga romper ciclos negativos e não repita comportamentos (da mãe com ela) na relação dela com o bebê?