Quando eu cheguei, 2 mulheres dividiam a sala de TP. O quarto com as luzes apagadas, ambas deitadas no leito. Fui até o posto da enfermagem pra ler o prontuário delas.
R., 34 semanas, Óbito Fetal, tomando ocitocina para indução do TP.
E M., 42 semanas, primípara, 40 anos, 4cm de dilatação.
Dois problemas: a M. estava dormindo (literalmente) e quando acordou, quase duas horas depois, não quis conversar, muito menos permitiu que eu a tocasse ou aceitou as dicas de banho e movimento. Fiquei sem jeito pra lidar com a R., embora não fosse a primeira vez que eu tenha recebido um OF, mas a situação era muito desconfortável.
Como lidar com as duas, no mesmo espaço?
Como incentivar uma a se movimentar pra ajudar o TP, falar de vida e consolar a outra pela perda?
Como fazer isso, com uma ouvindo os conselhos dados para a outra?
Além disso, eram duas mulheres um tanto inacessíveis e eu não gosto de forçar a aproximação. Fui várias vezes lá na sala, perguntar se estavam bem, se queriam alguma coisa, explicar o meu trabalho e dizer que podiam se apoiar em mim. Mas não conseguia ficar lá dentro.
Então, além de passar nos quartos (quase vazios) pra ver as recém paridas, troquei várias figurinhas com o GO, de novo! Isso tem sido muito bom!
E teve também algumas consultas, entre elas, a de uma mulher que eu conheci num outro plantão e ela ficou curiosa do meu trabalho (na época), fez perguntas, pediu dicas, pegou meu telefone e eu nunca mais tinha visto ela. Pois hoje eu soube que ela agora é paciente particular do GO e que eu vou atendê-la no TP também...
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